segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Epígrafe


  • Trata-se de uma citação ou frase curta que, colocada no início de um texto (livros, monografias, artigos, etc), indica o tema ou assunto do texto.
  • Texto breve, em forma de inscrição solene, que abre um livro ou uma composição poética.
  • Uma epígrafe designa não só as inscrições que celebram um acontecimento, mas também os títulos descritivos de partes de uma obra ou dos capítulos que a compõem.
  • A epígrafe é um pré-texto que serve de bandeira ao texto principal, por resumir de forma exemplar o pensamento do autor do texto de chegada.
  • O autor pode optar por colocar a epígrafe em página isolada, antes do corpo principal do texto, servindo de abertura solene ao livro. Pode estar logo abaixo do título de um livro, ou ainda à entrada de um discurso, capítulo de obra extensa ou composição poética.
  • Epígrafes não são dedicatórias nem resumos de capítulos. São uma janela para um novo texto. "Mise en abime"


Na época clássica, faziam-se epígrafes ou inscrições em pedras, estátuas, medalhas, monumentos, etc.



Atividades

1- Escreva , abaixo de cada epígrafe a seguir , o assunto sobre o qual você imagina que um texto que se seguisse a tal epígrafe poderia tratar.

a- "Um país se faz com homens e livros" Monteiro Lobato

b- " É apenas com o coração que se pode ver direito; o essencial  é invisível aos olhos." Aontoine de Saint-Exupéry

c- " O passado é uma lição para se meditar, não para se reproduzir." Mário de Andrade



2- Selecione, da obra Dom Casmurro, de Machado de Assis, algumas passagens que poderiam servir de epígrafe.

3-Escolha uma das três epígrafes do exercício 1. A epígrafe escolhida deverá funcionar como resumo ou motivo de um texto que você desenvolverá.
  • Em seu texto discorra sobre o tema da epígrafe.
  • Dê um título ao texto.
  • Troque com seu colega. Revise. Reescreva.
  • Lembre-se que seu leitor serão jovens. Seja formal sem ser prolixo.
Colaboração: Rodrigo Pimentel e Vítor Junqueira.
Obrigada, meninos!!


domingo, 4 de novembro de 2012

Haikai 俳句

Forma poética de origem japonesa.
Quase sempre vem acompanhada de uma ilustração.

Características

  • Concisão
  • Condensação
  • Intuição 
  • Emoção
Forma

17 sílabas poéticas

______________________X          
    ___O_____________O
______________________X

Modelo de Guilherme de Almeida

O primeiro verso rima com o terceiro.
A segunda sílaba do segundo verso rima com a sétima sílaba desse mesmo verso.


A nau imigrante
chegando: vê-se lá do alto
a cascata seca.                    
(Guillherme de Almeida)


Na poça da rua
o vira-lata
lambe a lua.
(Millôr Fernandes)

Chuva de verão
minha rua vira parque 
de diversão
(Alexandre Brito)

Agora é com você!
Elabore alguns haikais acompanhados de uma ilustração
ou montagem.  Faça uma moldura. Vamos expor seu trabalho em um varal para toda a comunidade escolar apreciar.











sábado, 27 de outubro de 2012

O que é Limerique?



Trata-se de um estilo de um poeminha de humor, non sense, inspirado em uma cidade da Irlanda, Limerick, e desenvolvido pelo poeta Edward Lear. O poeminha possui cinco versos, três rimando: o primeiro, o segundo e o quinto. O terceiro e o quarto, mais curtos, rimam entre si. Isso dá ritmo ao texto e é ótimo para fazer brincadeiras.



 Quem pensa que sou uma ogra
No seu pensamento malogra
Língua bifurcada?
Só quando enfesada.
Por que eu sou mesmo é sogra.  

Tatiana Belink

domingo, 21 de outubro de 2012

A reportagem

Vamos fazer uma Reportagem?

Duplas ou trios.
Mais que isso, nem pensar, ok?!!


1- Entre no site http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx. Se esse caminho não der certo, digite VEJADIGITAL no google. Entre no link  Acervo Digital VEJA - Digital Pages. Lá você encontrará todas as edições da revista, desde 1968. (irrc.. que ano, hein?!). Escolha uma edição mais atual e leia uma das reportagens colocadas mais no meio da revista. Lá estão as mais importantes.

2- No processo de leitura, procure analisar as partes desse gênero discursivo:
a- Qual o assunto?
b- É de interesse geral ou mais específico?
c- Qual a manchete? Ela faz uma retomada do tema? É criativa, instigante, curiosa, argumentativa? Sintetiza o assunto tratado no texto? Atrai a atenção dos leitores?
d- A linha fina está presente? Que informação ela traz? Qual o papel dela na formatação do gênero?
e- Há lead? Localize nele a resposta para pelo menos cinco questões: Quem? O quê? Onde? Quando? Por quê?
f- Analise as frases que compõem o lead - os períodos são mais curtos ou longos? Justifique a escolha do autor.
g- O que se lê nos parágrafos seguintes da reportagem está relacionado ao lead?
h- Há discurso relatado na reportagem. Ou seja, há no texto vozes de especialistas no assunto tratado ou outras de outras pessoas que não apenas a do autor? Identifique-as e justifique esse uso. Há uso de aspas nas citações? São feitas de forma direta ou indireta?
i- Como o nome das pessoas é citado na primeira vez que aparece no texto? E nas demais?
j- Há uma preocupação em se fazer uma conclusão na reportagem? Justifique.
k- Repare no uso das palavras que compõem o texto. Você percebe mais objetividade ou subjetividade. Comprove sua resposta.
l- Há uso de modalização? Exemplifique.
m- Enumere os aspectos relativos à formatação. Qual a importância desses aspectos na recepção do texto?
n- Há fotos, gráficos e tabelas no texto? Qual a importância desses elementos no texto?
o- Há intertítulo? Qual a função deles?
p- Qual a diferença entre notícia e reportagem?

3- Escolha um tema para desenvolver sua reportagem. 
Dê preferência a algo bem próximo de seu cotidiano e que permita um desdobramento, um aprofundamento temático: bulling, ditadura da beleza, uso do twitter, o jovem e a leitura, meninas são educadas para ser evasivas e meninos assertivos, Enem, paixão pelo futebol, dor de cotovelo, gírias, a história de sua escola, a nova organização das famílias etc.
Importante: seu público alvo são adultos jovens.

4- Pesquise bastante e profundamente sobre o tema.Escolha também algumas pessoas que tenham algo relevante a dizer sobre o tema escolhido por você e entreviste-as. Lembre-se de fazer sua pequena pauta e de gravar a entrevista. Faça as mesmas perguntas para diferentes entrevistados, a fim de contrapor as opiniões.

5- Junte a pesquisa do tema aos depoimentos colhidos e desenvolva seu texto em primeira versão.

6- Reúna todos os elementos e componha a reportagem: título, linha fina, lead, corpo da matéria. 

7- Faça uma revisão do produto, observando os seguintes aspectos:
a- O título e a linha fina se complementam e chamam a atenção do leitor?
b- Há um lead? Ele está bem redigido? responde às cinco perguntinhas básicas sem entrar em detalhes?
c- O desenvolvimento detalha as informações do lead?
d- As informações são relevantes? Estão comprovadas por diferentes vozes ou exemplos?
e- Há citações, discurso relatado empregados de forma correta? Os verbos dicendi  e as aspas estão usados adequadamente?
f- As imagens estão postas de forma a enriquecer as informações, complementando-as?
g- As concordâncias, regências, elementos de coesão sequencial e interfrástica, acentuação, pontuação, pronomes relativos estão corretos de acordo com a línguagem de mídia e o público alvo?
h- Há economia de adjetivos e tentativa de ser impessoal e imparcial?

8- Reescreva o texto, fazendo as correções necessárias. Edite e imprima.



terça-feira, 1 de maio de 2012


Nesta terça, dia 1 de maio de 2012, estamos comemorando o Dia do Trabalho ou o Dia Internacional  dos Trabalhadores. A data é celebrada no Brasil, em Portugal e em diversos outros países.
Tudo começou em 1886, quando uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago, nos Estados Unidos, foi feita com a finalidade de reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas ao dia, sendo que o protesto contou com a participação de milhares de pessoas.
Nesta data houve uma greve geral nos EUA. Vários manifestos foram feitos nos dias 3 e 4 de maio daquele ano, causando confronto das pessoas com a polícia e a morte de alguns trabalhadores. Esses acontecimentos foram conhecidos como a Revolta de Heymarket.
Na França, em Paris, no ano de 1889, a segunda Internacional Socialista se reuniu para convocar uma manifestação pela luta das 8 horas diárias na jornada de trabalho. A data escolhida foi o primeiro de maio, como uma alusão às lutas sindicais de Chicago.
Em 1 de maio de 1891, uma manifestação no norte da França foi dispersada pela polícia, ocasionando a morte de 10 pessoas.
Em 23 de abril de 1919 o senado francês retifica o dia de 8 horas e ainda proclama a data de 1 de maio daquele ano como feriado. No ano seguinte, a Rússia também adota o feriado, sendo que outros países também seguiram o exemplo.
Em solo brasileiro, a data é celebrada desde 1895 e virou feriado nacional em setembro de 1925.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Internetês ou Português - o analfabetismo digital

Veja o que pensa Leandro Braçaroto, sobre o uso da linguagem da internet.

Nos dias de hoje é normal encontrarmos em bate-papos, jogos, conversas entre usuários, uma linguagem totalmente diferente: o internetês adotado por muitos jovens.
Vamos ao Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/internet%C3%AAs): O internetês é uma linguagem surgida no ambiente da internet, baseada na simplificação informal da escrita, com o objetivo principal de tornar mais ágil e rápida a comunicação, fazendo dela uma linguagem taquigráfica, fonética e visual. Abreviações, simplificações, símbolos criados por combinação de caracteres, símbolos gráficos próprios, e uma diversidade de recursos de comunicação por imagens utilizados na internet são as principais características encontradas nas mensagens que utilizam esta linguagem.
Vamos a alguns exemplos: "Td de bom p vc. Xau, bju!, Blz, t+! A gtn se fla por aki. Bjaum!" (o certo: Tudo de bom para você. Tchau. beijo!, beleza, até mais" A gente se fala por aqui. Beijão"), "Kd vc q naum dexo coments no meo flog pra eu fla c vc?" (Onde está você que não deixou um comentário na minha página pessoal de fotos para eu falar contigo?). Estas são frases típicas do que alguns professores, estudiosos da língua e gramáticos passaram a chamar de internetês. Mas pra falar sério, o que é possível encontrar atualmente na internet é brincadeira: "toaxandumoskema" (estou achando o maior esquema) entre outros é o principal problema.
Sim! Tudo quer dizer a mesma coisa! E acredite, há muita gente que só escreve na internet assim. Para essa galerinha, teclar com amigos escrevendo de forma natural e obedecendo às regras da gramática portuguesa pode ser brega, cafona e até mesmo sinônimo de uma pessoa ultrapassada.
O termo internetês, que ainda não está no dicionário (ainda, diriam os que já sabem que delete, off-line e on-line já constam no vocabulário, expressa a nova forma de escrever adotada pela maioria dos jovens e adolescentes com o hábito de conversar em chats e programas de bate-papo. A maneira colocou como regra o não uso de acentos, a possibilidades de inventar palavras ou emendá-las obedecendo somente à fonética.
A internet e as novas tecnologias de comunicação, além de mudar nossos hábitos, nossa percepção de mundo, está querendo agora mudar o ... português. É impressionante como o internetês está por todos os lados. Você, que tem um certo cuidado em relação à sua escrita, vê-se desestimulado quando olha para a grande maioria dos blogs e sites cujos autores eScReVeM aXiM, por exemplo. Erros de ortografia seguidos de erros de pontuação dão passagem a inúmeros erros gramaticais. Enfim, quando você percebe, a bola de neve já se formou e vem em sua direção. Independente do lado que escolher, parece ser impossível fugir.
Mesmo que não se sinta bem em relação às suas dúvidas sobre português, lembre-se, há editores de textos que podem ser de grande valia nessas horas – apesar de nem sempre serem totalmente confiáveis - Se você não sabe como se escreve aquela palavra ou não tem certeza se conjugou corretamente o verbo, tente-se ajudar usando um dicionário. Com certeza a nossa e a sua leitura serão bem melhores.
Ter pelo menos um certo conhecimento da sua língua e tentar escrever corretamente são o que todos deveriam buscar. Faça do seu blog, site, flog etc, um local de leitura agradável. São nesses espaços que podemos aperfeiçoar nossa escrita, nosso maravilhoso português. Ao contrário do que você imagina, isso atrairá leitores e quem sabe até fãs! Tenha em mente que você pode escrever sobre o que quiser, mas perceba que não adiantará em nada escrever sobre algo interessante se você não souber expressar-se.
O principal problema do internetês é quando esta forma errada passa-se a virar rotina e causar dúvidas na hora da escrita correta, como coletado na internet, uma frase de uma garota de 14 anos, estudante do ensino médio: "Muitas vezes escrevo e tenho que apagar. É uma coisa muito natural pra mim, porque na verdade escrevo muitas vezes mais no computador que no papel", diz. Neste artigo (http://www.acessa.com/informatica/arquivo/galeraweb/2006/01/18-internet/) é retratado que ela digita tudo em uma grande velocidade, muitas vezes, superior ao tempo gasto para escrever em papel, e passa em média seis horas do dia em frente ao computador. Desse jeito, fica realmente muito difícil não se confundir.

Você concorda com Braçaroto? Considerando o gênero, sua circulação, as intenções do produtor o internetês deve ser visto como um vilão? Entre aqui e comente.