segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Internetês ou Português - o analfabetismo digital

Veja o que pensa Leandro Braçaroto, sobre o uso da linguagem da internet.

Nos dias de hoje é normal encontrarmos em bate-papos, jogos, conversas entre usuários, uma linguagem totalmente diferente: o internetês adotado por muitos jovens.
Vamos ao Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/internet%C3%AAs): O internetês é uma linguagem surgida no ambiente da internet, baseada na simplificação informal da escrita, com o objetivo principal de tornar mais ágil e rápida a comunicação, fazendo dela uma linguagem taquigráfica, fonética e visual. Abreviações, simplificações, símbolos criados por combinação de caracteres, símbolos gráficos próprios, e uma diversidade de recursos de comunicação por imagens utilizados na internet são as principais características encontradas nas mensagens que utilizam esta linguagem.
Vamos a alguns exemplos: "Td de bom p vc. Xau, bju!, Blz, t+! A gtn se fla por aki. Bjaum!" (o certo: Tudo de bom para você. Tchau. beijo!, beleza, até mais" A gente se fala por aqui. Beijão"), "Kd vc q naum dexo coments no meo flog pra eu fla c vc?" (Onde está você que não deixou um comentário na minha página pessoal de fotos para eu falar contigo?). Estas são frases típicas do que alguns professores, estudiosos da língua e gramáticos passaram a chamar de internetês. Mas pra falar sério, o que é possível encontrar atualmente na internet é brincadeira: "toaxandumoskema" (estou achando o maior esquema) entre outros é o principal problema.
Sim! Tudo quer dizer a mesma coisa! E acredite, há muita gente que só escreve na internet assim. Para essa galerinha, teclar com amigos escrevendo de forma natural e obedecendo às regras da gramática portuguesa pode ser brega, cafona e até mesmo sinônimo de uma pessoa ultrapassada.
O termo internetês, que ainda não está no dicionário (ainda, diriam os que já sabem que delete, off-line e on-line já constam no vocabulário, expressa a nova forma de escrever adotada pela maioria dos jovens e adolescentes com o hábito de conversar em chats e programas de bate-papo. A maneira colocou como regra o não uso de acentos, a possibilidades de inventar palavras ou emendá-las obedecendo somente à fonética.
A internet e as novas tecnologias de comunicação, além de mudar nossos hábitos, nossa percepção de mundo, está querendo agora mudar o ... português. É impressionante como o internetês está por todos os lados. Você, que tem um certo cuidado em relação à sua escrita, vê-se desestimulado quando olha para a grande maioria dos blogs e sites cujos autores eScReVeM aXiM, por exemplo. Erros de ortografia seguidos de erros de pontuação dão passagem a inúmeros erros gramaticais. Enfim, quando você percebe, a bola de neve já se formou e vem em sua direção. Independente do lado que escolher, parece ser impossível fugir.
Mesmo que não se sinta bem em relação às suas dúvidas sobre português, lembre-se, há editores de textos que podem ser de grande valia nessas horas – apesar de nem sempre serem totalmente confiáveis - Se você não sabe como se escreve aquela palavra ou não tem certeza se conjugou corretamente o verbo, tente-se ajudar usando um dicionário. Com certeza a nossa e a sua leitura serão bem melhores.
Ter pelo menos um certo conhecimento da sua língua e tentar escrever corretamente são o que todos deveriam buscar. Faça do seu blog, site, flog etc, um local de leitura agradável. São nesses espaços que podemos aperfeiçoar nossa escrita, nosso maravilhoso português. Ao contrário do que você imagina, isso atrairá leitores e quem sabe até fãs! Tenha em mente que você pode escrever sobre o que quiser, mas perceba que não adiantará em nada escrever sobre algo interessante se você não souber expressar-se.
O principal problema do internetês é quando esta forma errada passa-se a virar rotina e causar dúvidas na hora da escrita correta, como coletado na internet, uma frase de uma garota de 14 anos, estudante do ensino médio: "Muitas vezes escrevo e tenho que apagar. É uma coisa muito natural pra mim, porque na verdade escrevo muitas vezes mais no computador que no papel", diz. Neste artigo (http://www.acessa.com/informatica/arquivo/galeraweb/2006/01/18-internet/) é retratado que ela digita tudo em uma grande velocidade, muitas vezes, superior ao tempo gasto para escrever em papel, e passa em média seis horas do dia em frente ao computador. Desse jeito, fica realmente muito difícil não se confundir.

Você concorda com Braçaroto? Considerando o gênero, sua circulação, as intenções do produtor o internetês deve ser visto como um vilão? Entre aqui e comente.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Penso muito consoante com Baçaroto. Embora admita que o "internetês" seja realmente prático em conversas de bate-papo e em mensagens pessoais via redes sociais, é-me evidente que o abuso desse "dialeto" empobrece o vocabulário dos jovens e os limita linguisticamente. O "internetês" deveria ser restrito às mensagens mais íntimas (como entre amigos) e menos públicas. Eu mesma omito acentos e pontuações em conversas no Messenger, mas procuro não cometer desvios gramaticas ou ortográficos em postagens que serão lidas por desconhecidos, sem, todavia, abandonar o tom de informalidade quando cabível.

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  3. Pois é, vc me diz que adequa seu registro ao interlocutor e aos seus objetivos. Assim não age como defensora número 1 da norma.

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